Serviço

Para evitar transtornos, o jeito é se prevenir

Comerciantes e moradores da Cohab Fragata e vila Gotuzzo se veem obrigados a reservar água devido à interrupção do fornecimento

Jerônimo Gonzalez -

A estratégia tem sido a mesma: reservar água em baldes, panelas, garrafas PET, bombonas, tanques... Há pouco mais de um mês, moradores e comerciantes da Cohab Fragata e da vila Gotuzzo, Zona Oeste de Pelotas, têm enfrentado interrupções no fornecimento. São episódios que geram transtorno sem aviso e não contam com data certa para chegar ao fim.

Quem não dispõem de caixa d´água aposta na prevenção. É o caso da aposentada Rosa Amélia da Rosa, 66. Como não sabe quando as torneiras estarão secas e tem o compromisso de preparar o almoço para toda a família, o jeito é armazenar. “Tô preocupada. Se agora, a gente já tá sentindo falta, imagina no verão?”, destaca a moradora da rua 24 de Agosto. E, para economizar, aproveita para utilizar na limpeza do banheiro a água liberada da lavagem de roupas.

Na rua Major Francisco Nunes de Souza, o açougueiro Víctor Hugo Maia, 52, é um dos cidadãos que têm sofrido com os cortes inesperados no abastecimento. E, para manter condições básicas de higiene e poder lavar as mãos e as bandejas onde estão dispostas as carnes, a solução também tem sido apelar ao pinga-pinga em baldes. “Isso não acontecia antes e, agora, geralmente quando falta, é umas 10h, 10h30min”. E a normalização dos serviços, não raro, só ocorre do meio para o final da tarde.

Por segurança
No estabelecimento de Graziane Coelho, 30, este tipo de dor cabeça está descartada. Uma caixa com capacidade para 500 litros serve de suporte para os momentos de interrupção. Um investimento feito em 2013, quando a Pet Shop precisou desmarcar atendimentos de banho e tosa, depois de ficar, pelo menos, três dias sem água. E, por precaução, a família também conta com um reservatório no banheiro, já que são duas filhas crianças, com dez e quatro anos de idade. “Não sabemos o que está acontecendo. Antes era tão tranquilo”.

A posição do Sanep
O diretor-presidente do Sanep, Jacques Reydams, não apresentou uma única razão para justificar os problemas de fornecimento no bairro Fragata, mas garantiu que as obras de revitalização da avenida Duque de Caxias, por certo, estão relacionadas à maioria das ocorrências. Desde que se iniciou o recapeamento, uma média de 40 a 50 casos de rompimento na rede de distribuição - principalmente na fase de escavações na pista - era registrada por dia. “Para termos um bônus depois, neste momento estamos tendo este ônus em função das obras”, argumentou.

Como aproximadamente 60% do Fragata é abastecido direto em carga, isto é, a água chega às adutoras, para alimentar redes auxiliares e residências - sem passar por reservatórios centrais -, a cada episódio de rompimento é preciso desligar o bombeamento das Estações de Tratamento Moreira ou Santa Bárbara; conforme a área afetada. “Foram sistemas implantados há décadas”. A estimativa, entretanto, é de que dentro de duas a três semanas a situação seja normalizada - projeta.

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